Um dia de cão, um dia atípico
O Eduardo acordou às três e meia da manhã e não quis mais dormir, tomou o café da “madrugada”, banho e deitou, depois almoçou e ficou agitado. Ele queria sair de casa, queria ir para onde? Só Deus sabe.
A rotina que ele está acostumado a fazer mudou, resolveu querer sair de casa. Eu tive que trancar a porta do quarto dele e ficar junto por que senão, ele tirava a roupa, batia a mão na parede, tentava arrancar o fecho da porta.
Dei groselha para imitar o remédio, sopa,água, gelatina,nada resolvia. Ficava na porta tentando abri-la, nada tirava ele da porta. O Du estava muito agitado, tentei brincar de esconder uma bola de tênis na roupa dele, durou uns cinco minutos.
Deitava com ele fazendo carinho, logo ele ia para a porta querendo sair.
Foi um sufoco segurá-lo, tive que dar mais remédio,o que não resolveu nada, só deixou-o mais irritado, por que ele lutava contra o sono. Não podia sair de perto dele, fiquei de ‘castigo’ no quarto com ele até as seis da tarde, esperando à hora do jantar, por que depois disso ele toma a vitamina de fruta e os remédios para dormir.
Foi um dia de cão. Não pude fazer nada.
Fico imaginando essas mães que tem filhos normais e não tem paciência com eles, reclamam que dão trabalho, batem, gritam, espancam, xingam, por que as crianças são curiosas e estão descobrindo o mundo.
Difícil é ter um filho como o Du, que do nada muda totalmente a rotina, e fica complicado entender o que se passa na cabeça dele. Nada está bom para ele, fico impotente sem saber o que fazer.
Literalmente, foi um dia de cão, um dia sem nenhum sentido.