Este texto sobre Prevenção foi copiado do Manual de cuidados gestacionais do Ministério da Saúde, preparado pela Prof. Dra Marisa Márcia Mussi Pinhata, Professora Associada do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, que gentilmente, me deu permissão para postar no Blog.
"Na nossa população, 95% das mulheres em idade fértil são soropositivas. O que faz o vírus ser a causa mais comum de infecção congênita é o fato desse ser um herpes vírus e poder haver reativação e/ou reinfecção . Precisamos evitar que as mulheres se reinfectem na nossa população". Dra Marisa Márcia Mussi Pinhata.
PREVENÇAO DA INFECÇÃO CONGÊNITA PELO CMV
Levando-se em consideração que todas as mulheres, independentemente do seu estado sorológico e mesmo que já tenham tido a infecção primária, estão sujeitas à adquirir infecção pelo CMV e transmitirem a infecção fetal e tendo-se em vista a alta incidência dessa infecção congênita no nosso meio, é dever do profissional de saúde esclarecer e orientar todas as gestantes sobre as medidas para prevenção .
A gestante deve estar alerta para medidas que reduzem o risco de aquisição de infecção gestacional por CMV e que também são úteis para a prevenção de infecção gestacional por outros agentes. Isso é conseguido evitando-se exposição às fontes de infecção.
a) reforçar hábitos de higiene: lavagem das mãos após contato com pessoas, independentemente se essas aparentam estar doentes. Atenção especial deve ser dada às crianças, pois, essas freqüentemente são infectadas pelo CMV e podem excretar prolongadamente grandes quantidades virais na urina, saliva e fezes. Mesmo que a criança seja filho da gestante, existe a possibilidade que ela tenha se infectado no contato com outra criança. Devem-se tomar cuidados durante a troca de fraldas, beijos que levem ao contato com saliva, etc.
b) evitar aglomerações O contato pessoa a pessoa facilita a contaminação por meio de secreções.
c) hábitos sexuais: reduzir o número de parceiros sexuais, usar preservativo de barreira ( “camisinha” feminina ou masculina) durante todas as relações sexuais.
d) não compartilhar objetos de uso pessoal: seringas, agulhas, talheres, escovas de dente, materiais cortantes ou potencialmente cortantes (ex: alicates de unha, instrumentos para colocação de piercings ou tatuagens, etc)