Chegamos do Pronto-Socorro, o Eduardo parece que teve uma crise de convulsão parcial, como levamos depois da crise, fica difícil diagnosticar.
Eu estava desconfiada que fosse convulsão, mas foi diferente das outras duas vezes que o meu filho teve ano passado.
O Du cai, fica no chão e não consegue se mexer, fica com dificuldade de respirar e chora. Ficou uma meia hora desse jeito. Para coloca-lo na cama é muito difícil, precisa de duas pessoas porque ele fica muito pesado, inerte, as pernas não se sustentam, ficam moles.
E a mão esquerda, principalmente o polegar fica tremendo, e o Du fica me olhando e chorando, com dificuldade para respirar, consciente.
Eu me sinto impotente, não sei o que fazer para aliviá-lo da dor, se pudesse trocar de lugar com ele eu o faria. Essa meia hora é de angústia, nervoso, tristeza, porque é duro vê-lo sofrer e não poder fazer nada. O pior que sendo surdo-cego e deficiente mental profundo, não tem como saber o que o Eduardo está sentindo, onde dói, só posso ficar do lado dele e sofrer junto.
Só quando ele estiver tendo a convulsão é que vai dar para diagnosticá-lo, fazer o EEG.
Imaginem como vai ser difícil levá-lo ao PS.
Que Deus tenha misericórdia de nós. Amém.