sábado, 2 de março de 2013

Preconceito relacionado as pessoas com deficiências

O Eduardo teve outra convulsão, só que desta vez ele se debateu.Mais tarde teve febre.
Conversei com o psiquiatra do Du e ele pediu para ir na Upa fazer exame de sangue e RX, por que ele podia estar com infecção.
Pessoal, fui muito bem atendida na Upa, todos os profissionais trataram o Du com respeito e carinho. Inclusive o médico que o atendeu, chamava o Du de professor.Agradeço a todos os profissionais da Upa do Baeta Neves.
Como de praxe precisou de quatro pessoas para segurar o Du para tirar o sangue. O médico deu um calmante para o Du dormir, só assim poderia fazer RX e coletar urina.
Saiu o resultado e realmente ele está com infecção na urina e em outro lugar do corpo. Está tomando antibiótico.
Provavelmente as convulsões foram causadas pela infecção, espero que o Du não tenha mais convulsões.
Sair com o Eduardo é um desgaste muito grande, precisa segurá-lo com força porque ele quer vir embora, sente muita insegurança em ambiente desconhecido.
Coloquei o título de Preconceito porque as pessoas ficam encarando o Du, enfrentar o diferente é muito difícil. Fico triste de ver tanta ignorância.
Coloco aqui uns trechos sobre Preconceito relacionado as pessoas com deficiências do autor Marcos Fernandes, para reflexão.

"...Ribas (1996) coloca a ignorância como sendo responsável por preconceitos relacionados às pessoas que têm deficiências, pois quando alguém não sabe, começa a achar, podendo assim fazer interpretações que muitas vezes fogem da realidade da vida das pessoas com deficiência física, mental ou sensorial.

O preconceito com relação a pessoas com deficiência vem muitas vezes imbuído de um sentimento de negação, ou seja, a deficiência é vista apenas como limitação ou como incapacidade. A sociedade, embora tenha um discurso que prega a inclusão social de pessoas com deficiência, ainda vê essas pessoas pelo que não têm, ou pelo que não são. Não nos acostumamos a olhar os sujeitos que têm deficiência pelo que têm ou pelo que são. Nesta medida, a pessoa com deficiência auditiva é aquela que não ouve, a pessoa com deficiência visual é aquela que não enxerga. Ou seja, nos aproximamos da deficiência a partir da negação. A pessoa com deficiência é sempre aquela que não tem ou não apresenta alguma capacidade que a outra tem ou apresenta. Dessa forma, o sentimento de negação pressupõe sempre uma atitude e um comportamento de negação que traz para essas pessoas sérias conseqüências como exclusão, marginalização, discriminação, entre outras.


Nesta perspectiva, olhar a deficiência a partir da negação resulta, por conseguinte, na negação do direito da pessoa com deficiência de viver na sociedade com igualdade de oportunidades. Sendo assim, a pessoa com deficiência está sujeita na sua vida cotidiana a vários impedimentos. Embora a legislação brasileira refute qualquer tipo de cerceamento no exercício da cidadania dessas pessoas, os impedimentos ainda persistem, se configurando em vários tipos de barreiras".


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

1ª Crise Convulsiva

Esta semana, o Eduardo começou a voltar a dormir de noite. Aleluia!
Ele vai dormir as duas da manhã e acorda lá pelas seis e meia da manhã.
Finalmente posso dormir um pouco.
Não nasci para ficar a noite acordada e dormir de dia.
Está sendo um período muito difícil, por que não consigo me organizar nos afazeres domésticos, sair.
Estou tão cansada que só desejo dormir.
Como diz o ditado popular " Desgraça pouca é bobagem", o Du estava se comportando de forma estranha, chorou para tomar banho, errou várias vezes o caminho de ir para o quarto dele, estava meio confuso.Quando voltou a sentar na cadeira para comer,o Du teve a sua 1ª crise convulsiva, ficou com o corpo tenso, duro, com as mãos e dedos virados, e tremendo.Ainda bem que estava sentado e eu estava segurando ele.
Depois da crise desmaiou, ficou muito cansado e dormiu.
Mal acabei de sair do período sem dormir, agora será que vai começar a ter convulsão?
Ninguém merece isso.
O pior de tudo isso, é que o Du toma remédio para convulsão, para dormir, para ficar mais calmo.
E nada resolve. O cérebro dele é diferente, reage de forma atípica para os remédios.
Estou vivendo um dia de cada vez. Peço orações a vocês que seguem esse blog.
Beijos.