O Eduardo teve outra convulsão, só que desta vez ele se debateu.Mais tarde teve febre.
Conversei com o psiquiatra do Du e ele pediu para ir na Upa fazer exame de sangue e RX, por que ele podia estar com infecção.
Pessoal, fui muito bem atendida na Upa, todos os profissionais trataram o Du com respeito e carinho. Inclusive o médico que o atendeu, chamava o Du de professor.Agradeço a todos os profissionais da Upa do Baeta Neves.
Como de praxe precisou de quatro pessoas para segurar o Du para tirar o sangue. O médico deu um calmante para o Du dormir, só assim poderia fazer RX e coletar urina.
Saiu o resultado e realmente ele está com infecção na urina e em outro lugar do corpo. Está tomando antibiótico.
Provavelmente as convulsões foram causadas pela infecção, espero que o Du não tenha mais convulsões.
Sair com o Eduardo é um desgaste muito grande, precisa segurá-lo com força porque ele quer vir embora, sente muita insegurança em ambiente desconhecido.
Coloquei o título de Preconceito porque as pessoas ficam encarando o Du, enfrentar o diferente é muito difícil. Fico triste de ver tanta ignorância.
Coloco aqui uns trechos sobre Preconceito relacionado as pessoas com deficiências do autor Marcos Fernandes, para reflexão.
"...Ribas (1996) coloca a ignorância como sendo
responsável por preconceitos relacionados às pessoas que têm deficiências, pois
quando alguém não sabe, começa a achar, podendo assim fazer interpretações que
muitas vezes fogem da realidade da vida das pessoas com deficiência física,
mental ou sensorial.
O preconceito com relação a pessoas com
deficiência vem muitas vezes imbuído de um sentimento de negação, ou seja, a
deficiência é vista apenas como limitação ou como incapacidade. A sociedade,
embora tenha um discurso que prega a inclusão social de pessoas com
deficiência, ainda vê essas pessoas pelo que não têm, ou pelo que não são. Não
nos acostumamos a olhar os sujeitos que têm deficiência pelo que têm ou pelo
que são. Nesta medida, a pessoa com deficiência auditiva é aquela que não ouve,
a pessoa com deficiência visual é aquela que não enxerga. Ou seja, nos
aproximamos da deficiência a partir da negação. A pessoa com deficiência é
sempre aquela que não tem ou não apresenta alguma capacidade que a outra tem ou
apresenta. Dessa forma, o sentimento de negação pressupõe sempre uma atitude e
um comportamento de negação que traz para essas pessoas sérias conseqüências
como exclusão, marginalização, discriminação, entre outras.
Nesta perspectiva, olhar a deficiência a partir
da negação resulta, por conseguinte, na negação do direito da pessoa com
deficiência de viver na sociedade com igualdade de oportunidades. Sendo assim, a
pessoa com deficiência está sujeita na sua vida cotidiana a vários
impedimentos. Embora a legislação brasileira refute qualquer tipo de
cerceamento no exercício da cidadania dessas pessoas, os impedimentos ainda
persistem, se configurando em vários tipos de barreiras".
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