Em 24/06/1985 nascia o Eduardo com 1,5 kg e ficou 30 dias na
incubadeira sem ter a certeza de que
voltaria para casa.
Hoje ele completa 30 anos, meu eterno baby, muitas lutas,
decepções e vitórias.
Parabéns meu querido, muitas bênçãos , muito amor da mamãe.
O que é ser a mãe do Eduardo?
É saber que nunca vou ouvir ele me chamar de mãe, mãezinha,
mãeeeeeee.
É saber que ele nunca vai me ver, nem enxergar a beleza da
natureza, ou assistir a televisão.
É saber que ele nunca vai ouvir a minha voz dizendo o seu
lindo nome Eduardo, ou Dudu, nunca vai ouvir uma música, ir ao cinema ou as
festas.
É saber que nunca vai comer sozinho, tomar banho, ir para uma
escola especial ou normal.
É saber que nunca vamos viajar juntos, tirar as férias como
a maioria das pessoas tem o direito, nem ter o final de semana e feriados para
descansar, ou simplesmente ir passear no parque.
É saber que não vou dormir 8:00 seguidas de noite para
descansar do dia corrido.
É saber que as pessoas não entendem e não conseguem sequer
imaginar o que é conviver com o Eduardo, por ser deficiente eles tratam como
Síndrome de Down, autista, PC.
É ser cabeleireira, manicure, pedicure , barbeiro,
enfermeira, adivinhadora do que ele tem quando chora, cozinheira,
nutricionista, fisioterapeuta... É ser a mãe.
O Eduardo tem múltiplas deficiências devido a
Citomegalovírus. Ele ensinou- me a amar incondicionalmente, a aceitar o jeito
dele, seus limites.
Aprendi a viver sem expectativas, sem planos para o futuro,
vivendo um dia de cada vez porque eu nunca sei como o Eduardo vai se comportar,
com surpresa ou não.
Amo você Eduardo, Deus nos dê saúde, força, fé, paz,
alegrias no dia a dia.
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