Hoje, o meu filho Eduardo faria 31 anos.
Foram 30 anos de amor, luta, risos, lágrimas, angústia, alegrias, vitórias e fracassos.
Embora, ele não enxergava, não ouvia, não falava, não era independente nas necessidades básicas, não aprendia quase nada, sua presença era marcante.
As suas risadas, os seus resmungos, as batidas de palmas, os seus gritinhos demonstravam que ele estava presente, que mesmo sendo deficiente, existia.
Faz 6 meses que você foi para o Pai, todos os dias sinto a sua falta, tenho muitas saudades.
Eu vivi 30 anos dedicados a você, e agora, estou aprendendo a viver para mim e como é estranho não ter você grudado comigo.
É uma experiência nova viver a minha vida, fico perdida de ter tanto tempo para mim.
Tirei 15 dias de férias após 30 anos, fui sozinha para a praia e foi maravilhoso apreciar o mar e, me senti mais próxima do Eduardo porque joguei as suas cinzas no mar.
Foi catártico porque aceitei a morte do meu filho, fiz as pazes com Deus e agradeci a ele por ter me dado 30 anos com o Eduardo, como também agradeci por tê-lo levado no momento certo, sem dor, sem hospital, sem internações, sem sofrimento para ele e para mim.
Sinto muitas saudades, o amor não morreu com a morte do meu filho, continua forte, é um sentimento bom continuar a te amar porque você mora no meu coração.
Parabéns querido, mamãe te ama.
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