quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Parabéns Eduardo

Eduardo, hoje você completaria 35 anos. Parabéns querido. Sinto muitas saudades e, quem diz que o tempo ameniza a dor, está  enganado. A dor permanece no coração e fica um vazio muito grande.
Para você Du, aniversário,  feriados, Natal, não significavam nada, porque não tinha consciência de nada.
Para mim é doloroso estar sem você. Mamãe te ama Du!

domingo, 14 de junho de 2020


Citomegalovírus (CMV) Dr Drauzio Varella

O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da cataporaherpes simplesherpes genital e do herpes-zóster. Na maioria das vezes, a infecção pelo CMV é assintomática e passa despercebida, mas mesmo nesses casos o vírus ficará latente e poderá ser reativado casa haja uma deficiência imunológica do hospedeiro.
As manifestações clínicas da infecção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e incluem discreto mal-estar e febre baixa. Em recém-nascidos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como pacientes com aids, transplantados e pessoas em tratamento quimioterápico, a infecção pode provocar doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina.
O citomegalovírus nunca abandona o organismo da pessoa infectada. Permanece em estado latente e qualquer baixa na imunidade do hospedeiro pode reativar a infecção.

TRANSMISSÃO DO CITOMEGALOVÍRUS

O citomegalovírus pode ser transmitido das seguintes formas:
  • Por via respiratória. Tosse, espirro, fala, saliva, secreção brônquica e da faringe servem de veículo para a transmissão do vírus;
  • Por transfusão de sangue;
  • Por transmissão vertical da mulher grávida para o feto ou durante o parto;
  • Por via sexual. Nesse caso, ele é considerado causador de infecção sexualmente transmissível;
  • Por objetos como xícaras e talheres. Embora esse tipo de transmissão seja pouco comum, ele é possível porque o citomegalovírus não é destruído pelas condições ambientais.
É quase impossível viver sem ser infectado, em algum momento, pelo citomegalovírus. Estima-se que entre 60 e 90% dos adultos já tiveram contato com o vírus. O período de incubação varia de alguns dias a poucas semanas.

SINTOMAS DA INFECÇÃO POR CITOMEGALOVÍRUS

Na fase aguda, a principal manifestação é a citomegalomononucleose, com sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB). A diferença é que o VEB também pode causar dor de garganta com placas que parecem amidalite, enquanto o CMV não causa lesões na garganta:

COMPLICAÇÕES DA INFECÇÃO POR CITOMEGALOVÍRUS

A reativação do quadro infeccioso está associada à deficiência do sistema imunológico. Nos imunodeprimidos, lesões ulceradas e dolorosas podem comprometer todo o aparelho digestivo (boca, garganta, faringeesôfagoestômagointestino grosso e delgado).
Nos pacientes com aids, a complicação mais comum é a coriorretinite, que pode levar à cegueira, mas existem outras, como pneumonia, comprometimento dos intestinos, do fígado e do sistema nervoso central, que resultam em perda do movimento dos membros inferiores, em mielite e encefalite.

DIAGNÓSTICO DE CITOMEGALOVÍRUS

Existe exame laboratorial específico para pesquisar anticorpos contra o citomegalovírus. Os anticorpos da classe IgM estão presentes apenas na fase aguda da infecção e os da classe IgG também aparecem na fase aguda, mas persistem por toda a vida.
Em recém-nascidos, geralmente são feitos exames de urina.
No caso de pessoas com imunidade debilitada pode ser requisitada biópsia dos tecidos atingidos para confirmar o diagnóstico.
A coriorretinitie pode ser diagnosticada pelo oftalmologista com o uso do oftalmoscópio (aquele instrumento semelhante a uma lupa com um feixe de luz), mas a relação com o CMV precisa ser confirmada com exames como os citados anteriormente.

TRATAMENTO DA INFECÇÃO POR CITOMEGALOVÍRUS

Em geral a infecção regride espontaneamente e são necessários somente medicamentos para aliviar sintomas, como analgésicos.
O uso de antivirais fica reservado para as formas graves da doença, quando há sério risco à saúde do paciente, e pode ser administrado por via oral ou venosa, por períodos de pelo menos 1 mês. É necessário atenção ao tempo de tratamento devido ao efeito tóxico dessas drogas sobre os glóbulos do sangue e os rins.

RECOMENDAÇÕES

  • Não se descuide do uso de preservativo nas relações sexuais como forma de evitar a transmissão;
  • Procure não usar copos, xícaras e talheres se não tiver certeza de que foram bem lavados;
  • Esteja atento ao fato de ser portador do citomegalovírus, pois ele pode provocar uma infecção aguda se suas reservas imunológicas ficarem enfraquecidas;
  • Lembre-se de que a transmissão vertical do CMV durante a gestação é a principal causa de retardo mental em crianças. Siga rigorosamente as orientações para evitar a transmissão, como não compartilhar objetos (mesmo de familiares e pessoas próximas), evitar aglomerações e lavar as mãos com frequência.

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE CITOMEGALOVÍRUS

O CMV é perigoso na gravidez?
Sim. A infecção pode provocar aborto espontâneo e, em recém-nascidos, anemia, hemorragia e danos graves no cérebro e no fígado que podem levar à morte. Bebês que sobrevivem podem sofrer perda auditiva e deficiência intelectual. É essencial evitar a infecção durante a gravidez; siga rigorosamente as recomendações médicas de prevenção.
 Estou grávida e meu exame IgG deu positivo para citomegalovírus. O que significa?
Significa que a gestante tem anticorpos contra o citomegalovírus, ou seja, que ela já teve contato com o vírus em algum momento da vida, mas não que a infecção está ativa naquele momento.  
O que significa IgM positivo para citomegalovírus?
Esse resultado pode indicar que o vírus está circulante, mas só ele não é suficiente para cravar o diagnóstico. Outros exames são necessários para investigar mais a fundo. Lembre-se de seguir todas as orientações fornecidas pela equipe médica durante o pré-natal.

IgG e IgM


Entenda o que significa IgG positivo para citomegalovírus em grávidas
Dr. Drauzio Varella

citomegalovírus, conhecido também pela sigla CMV, é um vírus da família do herpes, extremamente comum, capaz de provocar uma infecção chamada citomegalovirose. Embora não seja muito conhecido, é difícil não ter contato com o vírus ao longo da vida. Para se ter uma ideia, 80% da população já entrou em contato com ele, mas na grande maioria das vezes as manifestações clínicas da doença são inexistentes ou muito discretas, como febre baixa e mal-estar. Quem se infecta passa a ter o vírus como companheiro pelo resto da vida; em fases em que há queda da imunidade, ele pode se reativar e provocar sintomas.

Embora os sintomas não apareçam ou sejam leves na maior parte das vezes, o vírus pode ser perigoso para os fetos. De acordo com o “Journal of Prenatal Medicine”, a grande maioria dos bebês infectados também não apresenta sintomas após o nascimento, mas de 5% a 15% podem desenvolver sequelas como perda auditiva, atraso no desenvolvimento psicomotor e deficiência visual. Como uma das formas de transmissão do vírus é a vertical — ou seja, passa da mulher grávida para o feto durante a gestação ou para o recém-nascido durante o parto –, é praxe solicitar alguns exames específicos durante o pré-natal justamente para identificar se o CMV está ativo no organismo.
Os mais comuns são os exames sorológicos denominados IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). Sorologia é o termo usado para definir os exames que identificam a presença de determinados anticorpos no nosso sangue. 
Ou seja, IgG positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina G, e daí se deduz que ela já foi exposta a vírus que provocaram a criação de tais anticorpos. Entretanto, segundo a pediatra dra. Fernanda Viana, do Saúde4kids, a gestante não precisa se assustar se verificar que seu IgG deu positivo. “Isso quer dizer que a grávida já teve contato com o vírus em algum momento da vida — e, portanto, tem os anticorpos que o combatem –, mas não que ele está ativo. Por outro lado, se o IgM for positivo, há possibilidade de o vírus estar circulando no organismo naquele momento”, explica.
Nos casos de IgM positivo, a gestante precisa ser acompanhada de perto com ultrassons, exames de imagem do crânio e do abdômen. A intuição provavelmente leva a querer combater a infecção, mas cada caso é um caso, e a administração de antivirais durante a gravidez precisa ser pensada de forma individualizada. Após o nascimento, mantém-se a realização de outros exames (como pesquisa de antígeno viral no sangue ou pesquisa de vírus na urina) para identificar se o bebê está com o vírus ativo. A orientação fundamental, portanto, é fazer o pré-natal com disciplina e seguir todas as recomendações obstétricas.