Sempre relutei em contar a história do Eduardo por que traz lembranças dolorosas, momentos de angústia e ansiedade, sofrimento, incompreensões por parte de amigos e familiares. Foi e continua sendo difícil cuidar dele, um ser tão diferente que vive em um mundo de escuridão e silêncio. Os profissionais não entendem o meu filho, não me entendem tampouco quando eu descrevo como ele é, por que o Eduardo é um caso raro, só convivendo para compreender o que é ter um filho com múltiplas deficiências.
Vou contar desde a gravidez até a descoberta do que causou as múltiplas deficiências, pois na época 1984/1985 faziam testes só para rubéola e toxoplasmose. Nunca tinha ouvido falar de citomegalovírus e acredito que muitos médicos também não tinham informações desse vírus.
Eu resolvi escrever para alertar as pessoas sobre o citomegalovírus, por que quando leio as pesquisas que dizem que 80% das gestantes quando afetadas por esse vírus, os bebês podem nascer normais, estremeço de medo.
Meu obstetra garantiu que eu tinha 96% de chance do meu filho nascer normal! Eduardo nasceu com quase todas as sequelas causadas pelo citomegalovírus.
Hoje os pesquisadores estão descobrindo que muitas crianças que nascem com alguma deficiência, principalmente surdez, fazem exames e descobrem que estão com citomegalovírus. Isso é muito preocupante.
Existe nos Estados Unidos um movimento que se chama STOP CMV(pare citomegalovírus) devido ao nascimento de muitos bebês com deficiência e esse movimento luta para informar as pessoas sobre esse vírus. Acessem esse site para saber mais http://www.stopcmv.org
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