Hoje venho com um desabafo por mim, pela minha mãe e por todas as mães que passam por humilhações feita por profissionais que não tem competência, profissionalismo, nem compaixão pelo sofrimento dos outros.
A promotora que está vendo o caso, pediu que levássemos o Eduardo em duas escolinhas para deficientes, para que o avaliassem, para ver se ele estaria apto para frequentar alguma delas.
Foi uma luta colocar o sapato nele, e para sair de casa então, nem se fala! Mas conseguimos colocar no carro!!! Parece uma coisa banal, mas para o Eduardo não é.
Bom, levamos o Eduardo para uma avaliação numa escola para deficientes. Como ele está fora do ambiente seguro dele (o quarto, ele fica dia inteiro lá), ele ficou com medo, então ficou segurando na minha mãe o tempo todo. Ficou um pouco impaciente quando tivermos que esperar vir os profissionais que iriam avaliá-lo.
Levaram o Eduardo para uma sala e eu e minha mãe fomos conversar com a diretora. Minha mãe contou toda a história, avisou que ele era surdo congênito, cego, deficiente mental severo, ou seja ele não entende nada, absolutamente nada, só a parte locomotora funcionava bem.
Da sala eu pude ver eles tentando deitar o menino no colchonete e ele não quis, depois colocaram sentado e trouxeram um monte de coisas para ele mexer. Trouxeram um objeto que fazia barulho também. Depois o levaram para um outro lugar que eu não conseguia ver.
Enfim, fizeram o relatório e isso me deixou indignada, revoltada e muito triste.
Vou colocar alguns trechos, “os melhores” por assim dizer e fazer alguns comentários.
Talvez para vocês, a interpretação possa ser diferente por estar de fora, porém para nós que vivenciamos nos sentimos totalmente humilhadas, como se tudo que foi feito até agora não foi bom e que as informações que demos não eram verídicas.
escrito por Daniela Tamy
Nenhum comentário:
Postar um comentário